Thalles Roberto continua envergonhando os crentes em rede nacional


Em primeiro lugar, não tenho nada pessoal contra o cantor Thalles Roberto. Sei que é o queridinho desse mundinho pop gospel, mas não por isso tenho algumas ressalvas ao trabalho artístico que ele atualmente desenvolve. Até gosto muito dele como cantor, black power, suingue, sangue bom. Mas os muitos holofotes lançados sobre o seu trabalho acabam mostrando alguns deslizes que o impede de levar adiante o Evangelho puro e simples, sem complicações, acréscimos e idiossincrasias.

Falo isso diante da série de bobagens que vem lhe acompanhado desde o ano passado, quando seu trabalho conquistou relevância no mainstream da indústria gospel. Se não bastasse o lançamento desastroso de seu boneco Thalleco ( fala sério, hein?) no fim do ano passado, a estrela gospel tem perdido boas oportunidades de ficar calado em pequenas entrevistas na grande mídia e recentemente lançou o videoclipe de uma nova música (Filho Meu) que não pode nem ser taxada de herética de tão inocente e tão distante do Evangelho que é. 

Isso mostra que muita gente, até bem intencionada, peca por ter faltado às aulas da Escola Bíblica Dominical, talvez ensaiando alguns gritinhos ou outros biquinhos no espelho de sua vaidade. A falta de base compromete quem pretende manejar a Palavra da Verdade. Se o obreiro não a manejar devidamente, vai por certo ficar envergonhado. Isso é o que sobrevêm aos que desembainham a espada do Espírito sem fundamentação teológica, a esmo, desviando os ouvidos da verdade, segundo seus próprios desejos.

Flagrei o nosso herói em pelo menos dois momentos desconcertantes que jogaram água fria na minha expectativa de topar com um compositor e cantor que honrasse uma safra genial de grandes representantes da música cristã nos anos 70 e 80. A primeira vez foi numa participação no programa Esquenta, da Rede Globo que até postei aqui. O segundo mico flagrei em uma entrevista na TV UOL, num bate-bola ao lado do Rodolfo e do Pregador Luo, que exponho aqui: 




Nesta oportunidade, Thalles começa falando da influência da música gospel negra e tal, mas depois afirma que não podemos ser "chatos" querendo imprimir nos outros a verdade "sem antes te convencer".

Depois o Thalleco diz que o Evangelho "ou qualquer outra coisa"que for feita tem que ser "temperada". "Tudo o que é forçado demais, que é cabeção, acaba ficando chato", disse, na maior cara dura. Se não bastasse, afirma que a palavra precisa chegar "suave". "Porque Jesus era um cara suave que botava a "galera" pra comer e depois levava um papo "contando" umas historinhas pra "rapaziada" entender paulatinamente".

Pra encerrar, diz que o espaço na mídia secular é muito bom para o trabalho ser mais reconhecido. Ou seja, zero de compromisso com a Palavra de Deus, com o evangelismo, etc. O que se vê é um artista preocupado com seu umbigo, com seu bolso e com seu óleo de peroba, como dizem o meus colegas Márcio Mendes e Walter Filho (Solus Perobus...rsrsrs).  Não vou nem perder meu tempo com o mais recente clipe dele porque outros já fizeram crítica dessa pegadinha gospel com maestria. Falar que Deus leva porta na cara e dói é pra acabar. Dizer que o Senhor mantém promessas arquivadas para seus filhos é brincadeira...




Enfim, o Thalles pode e deve fazer o que bem entender. Até esse monte de biquinho que faz entre um gritinho e outro no seu videoclipe. Eu não tenho nada com isso. Mas ele definitivamente não está levando as pessoas a conhecerem o verdadeiro Evangelho. Para mim é apenas mais um cantor ruminando no espelho de suas vaidades, com um certa veia pentecostal. Que um dia ele possa se diminuir para que a soberba não o impeça de ser um instrumento nas mãos do Senhor para espalhar o verdadeiro Evangelho.

Se o amigo pudesse me ouvir, lhe deixaria uma palavra bem "suave": "De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal". (Hebreus 5:12-14)