É preciso transparência com recursos financeiros na igreja

Dinheiro na igreja


A guerra midiática entre as redes Globo e Record em torno da divulgação da denúncia do Ministério Público de um apontado esquema de lavagem de dinheiro conduzido pelo líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Bispo Edir Macedo, traz para o crente uma reflexão importante: a necessidade de prestação de contas dos recursos levantados nos templos religiosos.

O fato de as igrejas serem entidades sem fins lucrativos, subsistindo através de donativos espontâneos dos fiéis, não exime a necessidade do bom trato com recursos que não são privativos dos pastor (porque são oriundos de uma comunidade). Essa falta de transparência financeira que ocorre em muitas denominações faz com que pairem muitas dúvidas, principalmente no meio secular, sobre o destino dos recursos apurados nos dízimos e ofertas.

Que bom seria se os tesoureiros dos templos tivessem o cuidado de publicar, mesmo que no quadro de avisos das congregações, a movimentação financeira mensal de cada sede e oferecessem recibos aos dizimistas. E que as igrejas mães publicassem balancetes financeiros ao fim do ano. Com certeza, seriam fechadas as ‘brechas’ para que as igrejas de todas as denominações não fossem confundidas e incluídas injustamente em críticas generalistas contra os evangélicos.

Sem esquecer que, no fim, a verdadeira prestação de contas será dada no juízo, quando será feita a divisão do joio e do trigo e aquele desavisado receberá na face o versículo 23 do cap 7 do Evangelho de Mateus: "E, então, lhes direi abertamente: 'nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade'".